Bom, eu prefiro manteiga, e vou explicar. A gordura animal saturada encontrada na manteiga pode sim elevar os níveis de colesterol sangüíneo podendo gerar alguma cardiopatia, porém, na fabricação da margarina, as gorduras polinsaturadas sofrem modificação na sua estrutura química e por isso, de acordo com pesquisas de acompanhamento dos consumidores de margarina, não há controle dos níveis de colesterol e nem melhora na quantidade do colesterol bom (HDL). Não adianta de nada deixar de comer a manteiga por ela ter gordura saturada e abusar da margarina. O que é válido é utilizar o produto com moderação. O excesso sempre vai ser prejudicial, independente se a gordura for saturada ou insaturada. Por isso não exceda na quantidade diária. Uma porção são em média 15g.
No mais, a manteiga é fonte de vitamina A, D e E; é de fácil digestão, o seu tempo de permanência no estômago é menor que o de outras gorduras e, tem uma acção suave sobre as vias biliares; a manteiga é natural sem contar que é muito mais gostosa.
Os argumentos utilizados pela Dra. Sally Fallon e Mary G. Enig, PhD, diz que quando os representantes da indústria de alimentos com aditivos e os defensores da agroindústria alimentar perceberam ser impossível frear o interesse crescente do povo americano por nutrição e alimentos saudáveis, sentiram-se ameaçados de perder - a longo prazo - seu monopólio, um dos maiores dos Estados Unidos e começaram a disseminar que as gorduras naturalmente saturadas, de origem animal, eram a causa das doenças cardíacas contemporâneas e do flagelo do câncer. Apoiando assim a ideia de "ser preferível usar a margarina polinsaturada" - conselho esse seguido pela maioria dos americanos. Isso fez a manteiga passar de delícia querida por todos à vilã e causadora master de doenças cardiovasculares.
Uma pesquisa recente desenvolvida pela nutricionista Ana Carolina Gagliardi, no Instituto do Coração (InCor) da Universidade de São Paulo (USP) revela que o consumo moderado do produto não aumenta o risco de pacientes com síndrome metabólica desenvolver doenças cardiovasculares. Em um outro estudo da Universidade de Tufts, em Boston (EUA), pesquisadores receitaram dietas com vários tipos diferentes de gorduras insaturadas e observaram que embora todos os substitutos da manteiga tenham reduzido o LDL, os ácidos graxos insaturados, em alguns casos, diminuíram a concentração do HDL, modificando a relação entre o HDL e o colesterol total.
A industria usa dois recursos para escrever esta frase maldita e enganar as pessoas dando a falsa sensação de segurança do produto. O primeiro é a falha tosca da Anvisa e o segundo é a Interesterificação.

Interesterificação: É a solução encontrada pela indústria de alimentos para posar de "0% Trans". Trata-se de um processo altamente industrializado que consiste na quebra simultânea de ligações éster existentes e formação de novas ligações nas moléculas glicerídicas, não produzindo desta forma uma gordura trans, apesar de sólida. No entanto, um estudo publicado na revista Nutrition & Metabolism verificou que a gordura interesterificada aumentou a resistência insulinica (aumentando a taxa de glicose e/ou diminuindo a produção de insulina), condição esta precursora comum do Diabetes Mellitus e obesidade.
Resumindo, saibam comer direito e comam manteiga.
Referências:
Colman, V. A manteiga. http://www.scribd.com/doc/17067897/Apresentacao-Manteiga
Miguel, A.C.M.G. Efeitos da suplementação de manteiga e margarinas no metabolismo lipídico e inflamação de portadores de síndrome metabólica que mantiveram seus hábitos usuais de vida. http://www.qprocura.com.br/dp/113455/Efeitos-da-suplementacao-de-manteiga-e-margarinas-no-metabolismo-lipidico-e-inflamacao-de-portadores-de-sindrome-metabolica-que-mantiveram-seus-habito.html
Podia pelo menos ter citado a fonte da cópia. Leiam o artigo original, publicado em 2010, em: http://www.marcusavila.com.br/2010/04/coma-manteiga-mas-saiba-como-e-porque.html
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